A Polícia Civil de Pernambuco acabou de apresentar a conclusão do inquérito policial que investigou, durante três meses, crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens praticados pelo vereador Carlos Monteiro (PMDB), eleito este ano para seu quinto mandato na Câmara Municipal de Ipojuca. A polícia estima que mais de R$ 3,5 milhões de reais foram desviados dos cofres públicos pelo parlamentar.
O político adquiriu vários carros e imóveis que eram registrados em nome de terceiros. Foram apreendidos oito veículos e 11 imóveis, incluíndo um apartamento em Boa Viagem, um prédio de três andares no Centro de Ipojuca e uma chácara.
Segundo o delegado Paulo Albere, todos os bens foram comprados à vista e em dinheiro, e nenhum deles foi declarado em Imposto de Renda ou registrado em cartório. ”Não houve nenhuma transação bancária na aquisição dos bens”, afirmou.
Além dos carros e imóveis do vereador, uma aplicação financeira no valor de R$ 100 mil em nome de Ricardo Guedes Monteiro, que é auditor fiscal da fazenda estadual e irmão do parlamentar, serão leiloados para que o valor seja devolvido ao erário. Antes disso a Justiça precisa receber o inquérito e abrir vista ao MPPE.
Além do vereador e seu irmão, foram indiciados o chefe de gabinete do parlamentar, Márcio Antônio Maia Silva Oliveira, os funcionários da Câmara e da Prefeitura, Rildo Vieira da Cunha, Marcos Antônio Maia de Oliveira Bezerra e Alexandre Ancheschi Werneck Fragoso, além da estagiária Karina Maia Batista de Oliveira. Todos tinham bens do vereador registrados em seus nomes.
O delegado Paulo Alberes afirmou que nenhuma dessas pessoas, nem mesmo o vereador, tinham condições financeira de adquirir tais bens. Dois dos veículos apreencidos, dois caminhões com caçambas no valor de R$ 155 mil cada um, estavam registrados em nome da estagiária, Karina de Oliveira e do funcionário da prefeitura de Ipojuca, Rildo da Cunha. “Como um funcionário que tem uma renda de R$ 1,8 reais por mês consegue comprar um caminhão desses à vista?”, indagou o delegado.
A partir de agora a Polícia Civil trabalha em cima de dois outros inquéritos para apurar como era o esquema que desviava verba pública.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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