segunda-feira, 9 de março de 2009

Juiz nega pedido de afastamento de prefeito de Ipojuca

Do blog do Jamildo

Menos de um dia depois do pedido do MPPE, o juiz ocal negou o afastamento do prefeito. Veja abaixo a decisão proferida pelo Juiz nos autos da Ação de Improbidade Administrativa movida pelo Ministério Público na qual foi requerido o afastamento do Prefeito, de um Secretário de 7 Vereadores.

DECISÃO PRELIMINAR

PROCESSO n.º 424.2009.000339-6

Cuida-se de ação civil pública regida pela Lei 8.429/92, devendo seguir o rito ordinário (art. 17, caput) , salvo as modificações que especifica.

Notifique-se o Município de Ipojuca-PE, através do Procurador Geral, para os fins do art. 17, § 3º, da Lei 8.429/92 (com redação dada pela Lei 9.366/96) c.c. art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65.

Notifiquem-se os Requeridos para oferecerem respectivas manifestações por escrito, que poderão ser instruídas com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias (art. 17, § 7º, acrescido pela
Medida Provisória 2.225/01).

No que tem pertinência ao pedido de afastamento dos agentes públicos, a orientação legal e jurisprudencial seguem a linha da imperiosa proteção exclusiva da instrução processual. Não vejo necessidade, neste primeiro momento, de determinar o afastamento temporários dos Requeridos por três razões:

1. Como no entender do Ministério Público as provas produzidas não suficientes a permitir o julgamento antecipado da lide, a continuidade do exercício da função pública pelos Requeridos não modificará, em tese, a consolidação material das provas colhidas até o momento através do Procedimento de Investigação Preliminar nº 26/2008. Caso deferido o julgamento antecipado da lide no momento oportuno, isso após o eventual recebimento da inicial, teríamos como inócua a drástica medida de afastamento dos Requeridos.

2. O afastamento para justificar a solução de continuidade de eventual ação marginal aos princípios da administração pública por parte dos Requeridos importa em formação de juízo positivo de valor, acolhendo-se a tese contida na inicial, com a análise das provas, sem o devido processo legal;

3. O Tribunal de Contas do Estado, independentemente de autorização ou determinação judicial, tem por dever constitucional fiscalizar, mediante controle externo, dentre outros, os atos de legalidade de contratação de pessoal, a legalidade nas despesas ordenadas pelos agentes públicos, aplicando-se, se o caso, as penas previstas em lei, além de poder representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados (art. 75 da CF/88). Caso o Tribunal de Contas do Estado encontre obstáculos ilegaisque dificulte a fiscalização, poderá lançar expedientes administrativos previstos em lei para o fiel cumprimento do seu nobiliárquico mister constitucional.

Decorrido o prazo de Manifestação Preliminar, venham os autos para decisão no que tange ao casual recebimento da peça inicial (art. 17, §§ 8º e 9º, acrescido pela Medida Provisória 2.225/01).

Intimem-se as partes desta decisão.

Oficie-se à 16a Zona Eleitoral solicitando a remessa de cópia da ata de instrução e julgamento do Processo 865/2008.

Oficie-se ao Tribunal de Constas do Estado, remetendo-se cópia da inicial e desta decisão.

Ipojuca, 3 de março de 2009.
HAROLDO CARNEIRO LEÃO SOBRINHO
Juiz de Direito

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Androide usa recursos semelhante ao de cérebro humano,para se locomover entre objetos.

Uma equipe de Engenheiros da Computação e Cientistas em Robótica da Universidade de Ulm, na Alemanha, desenvolveram um andróide robótico capaz de reproduzir ações e atividades praticadas pelo cérebro humano para conseguir se mover e desviar de objetos e obstáculos em uma área aberta ou fechada como uma sala cheia de móveis, por exemplo.

Os cientistas Heiko Neumann e Cornelia Beck começaram a analisar como o cérebro humano responde a informações visuais e como ele usa essas informações para se mover ao redor do mundo e a partir desse estudo eles desenvolveram um software capaz de reproduzir a mesma ação de uma forma quase que semelhante à praticada pelo cérebro humano em um robô andróide acoplado a uma mesa com rodas e com duas câmeras que fazem o papel dos olhos.

Quando o robô andróide utiliza os softwares inspirados no cérebro humano, ele consegue escolher os caminhos semelhantes escolhidos pelos seres humanos para se locomover em torno de obstáculos e andar assim através de salas, quartos ou qualquer ambiente.

Os cientistas acreditam que o estudo desta tecnologia poderá ajudar a criar sistemas semelhantes que possam orientar visualmente pessoas que possuam problemas graves de visão ou que acidentalmente perderam a capacidade de enxergar em acidentes graves.
Blog voltado a trazer notícias e informações relacionadas a inovações tecnológicas, informática e curiosidades, além de muita diversão e entretenimento.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Gestão integrada de resíduos sólidos na Bacia do Rio Ipojuca-Pernambuco: uma estratégia de preservação


Autores: Lima, Danuza Gusmão G. de Andrade; Romani, Andréa Pitanguy de; Silva, Maria Alice Domingues Maia e

Editores: UNESCO, Ministério do Meio Ambiente, PNMA, Governo de Pernambuco

Ano: 2007

68 p., illus. Como Adquirir

Resumo: Este trabalho apresenta a experiência acumulada das ações de gestão integrada de resíduos sólidos executadas nos municípios de Alagoinha, Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru e Pesqueira, na Região Agreste do Estado de Pernambuco, no período de 2001 a 2006. Pelos resultados alcançados pelo projeto Proteção e Conservação Ambiental na Bacia do Rio Ipojuca, o mesmo é indicado pelo Governo Estadual de Pernambuco para replicação em territórios carentes de articulação de políticas públicas e de mobilização dos segmentos sociais envolvidos com a questão ambiental.

Palavras-chave: administração ambiental; conservação ambiental; recursos hídricos; recursos energéticos; tratamento de lixo; urbanização; desenvolvimento sustentável; administração de projetos

Abstract: This work presents the experience accumulated by the actions of solid residues integrated management taken place in the municipalities of Alagoinha, Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru e Pesqueira, in the country semi-arid zone of Pernambuco State, from 2001 to 2006. By the results obtained by the project Proteção e Conservação Ambiental na Bacia do Rio Ipojuca [Environmental Protection and Conservation at Ipojuca River Bay], the Pernambuco State Government indicates its replication in the deficient territories of public policies articulation and mobilization of social segments involved in environmental matters.

Keywords: environmental management; environmental conservation; water resources; energy resources; waste treatment; urbanization; sustainable development; project management

Ações do documento

Pesquisa analisa poluição em Ipojuca e Suape

Por Caroline Vivanco, da Ascom/UFPE

Crescimento econômico, investimentos, empregos. Esses são alguns dos benefícios que a imprensa e os economistas atribuem à instalação da refinaria e do estaleiro em Pernambuco. No entanto, pouco se discute sobre o impacto ambiental que essas obras podem gerar. Analisar a poluição causada pelo despejo de esgotos domésticos e resíduos industriais em bacias como Ipojuca e Suape foi o que incentivou a doutoranda Cristiane Castro a abordar o assunto em sua tese de conclusão da Pós-graduação em Oceanografia.

Intitulada “Testes toxicológicos com Tisbe biminiensis (Copepoda, Harpacticoida): Implementação de uma Metodologia e Mapeamento de sedimentos do Porto de Suape-PE, do estuário do Rio Ipojuca-PE e uma área impactada por petróleo na Baía de Todos os Santos–BA”, a tese será concluída ano que vem e tem o apoio do CNPq e faz parte do Projeto RECUPETRO Sub-Rede RELINE. Cristiane conta que a idéia inicial era pesquisar só a área do porto de Suape, mas decidiu ampliar a análise para Ipojuca por ser uma bacia comprometida pela poluição.

Durante dois anos a pesquisadora e duas estagiárias de Oceanografia coletaram sedimentos nas duas localidades para que as condições ambientais fossem testadas em laboratório. O organismo escolhido para o teste é um crustáceo, chamado Tisbe biminiensis da Subclasse Copepoda, comum nas praias de Olinda que foi escolhido por ser uma espécie nativa da região, ter alta taxa de reprodução e por já ter estudos sobre seu ciclo de vida e alimentação.

Cristiane explica que no laboratório são realizados testes de toxicidade com os sedimentos coletados na área de estudo e medições de ph, salinidade, temperatura e oxigênio. Cumprido todos os procedimentos necessários o crustáceo é introduzido ao sedimento coletado e então observam como ele vai reagir ao mesmo. Caso o organismo apresente uma mortalidade superior ao controle ou mostre uma fecundidade baixa é indicativo de que o ambiente possa estar poluído.

A pesquisadora relata que, em determinado ponto de Suape, perto do Rio Massangana houve uma alta mortalidade do organismo: “Esta alta mortalidade pode estar correlacionada com a presença de algumas indústrias instaladas próximo a este ponto de coleta”, esclarece Cristiane. A doutoranda acrescenta que as demais áreas não apresentaram esse efeito de morte, apenas uma diminuição na reprodução.

Cristiane defende que a principal meta da pesquisa é usar este organismo para conhecer os limites de toxicidade que os ambientes estudados suportam, além de tornar público os dados coletados. “O mais importante é mostrar para as pessoas que hoje a toxidade afeta organismos pequenos, mas amanhã poderá nos afetar”, defende a pesquisadora que enfatiza a formação de uma consciência ambiental.

Os dados coletados pela pesquisa de Cristiane são fundamentais para futuros estudos e servem como base de comparação a ser utilizado pelo próprio Departamento de Oceanografia da UFPE que está elaborando o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da Refinaria Abreu e Lima. “O Departamento está fazendo o estudo e o relatório de impacto ambiental da refinaria, então é interesse saber a atual condição da área para que possam ser realizadas comparações após a sua instalação e acredito que o Departamento vai continuar com a pesquisa”, ressalta Cristiane.

Mais informações
Departamento de Oceanografia
(81) 2126.7222

MPT em PE convoca a usina Ipojuca para resolver situação degradante dos trabalhadores

Depois de constatar a situação degradante de 400 de trabalhadores do Engenho Sibiró do Mato, localizado no município de Ipojuca, distante 52 km do Recife, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco convocou para quinta-feira (23), às 15h, uma audiência com os representantes da Usina Ipojuca, responsáveis pelo engenho; do Sindaçucar, além de auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que interditaram a frente de serviço no dia 15 deste mês e também as 29 casas de taipa, que não estavam em condições de habitabilidade. O MPT fica na Rua Quarenta e Oito, 600, no Espinheiro.

Para a procuradora do Trabalho Débora Tito, que formou com diversas entidades o Fórum de Combate ao Trabalho Degradante, a constatação da situação de total precariedade dos trabalhadores precisa ser resolvida. “O desenvolvimento econômico e o avanço tecnológico é latente em Pernambuco, mas as condições de trabalho são as mesmas de mais de 400 anos atrás. Os trabalhadores consomem a mesma água inadequada, padecem das mesmas doenças infecciosas e parasitárias e vivem em condições sub-humanas”, afirmou.

Ela explica que o objetivo do Ministério Público do Trabalho é que seja solucionada a situação de forma permanente. “Nós não queremos impor a caneta do Ministério Público com uma ação civil pública. Queremos antes disso resolver o problema dos trabalhadores do setor sucro-alcooleiro, numa ação articulada, e por isso criamos o Fórum de Combate ao Trabalho Degradante, onde empresários e entidades da sociedade civil organizada juntam forças para buscar soluções eficazes para a situação destes trabalhadores”.

De acordo com o auditor Paulo Mendes, que coordena o Trabalho Rural no Ministério do Trabalho e Emprego, no engenho Sibiró do Mato não há água potável, inexistem abrigos para proteção aos trabalhadores dos rigores da irradiação solar, por ocasião das raras pausas e da refeições já que as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores é classificado como trabalho pesado, não há instalações sanitárias, e foram confirmadas condições sub-humanas de habitabilidade das casas de taipa.

Fonte: PRT-6ª Região/PE

ECODEBATE

Ipojuca: terra de contrastes

Ipojuca é um dos mais novos municípios integrantes da Região Metropolitana do Recife. Terra das praias e resorts paradisíacos de Porto de Galinhas, Maracaípe e Serrambi; do monumental canteiro de obras e investimentos que se tornou o complexo Portuário de Suape; e da cidadezinha interiorana esteada no cultivo da cana-de-açúcar.

Quem ouve falar na construção da refinaria Abreu e Lima em Ipojuca, obra orçada em bilhões, pode até imaginá-la como sendo uma cidade desenvolvida, com avenidas, arranha-céus, shopping centers, condomínios de luxo, etc. Contudo, a verdade é que o centro da cidade ipojucana é formado basicamente por uma avenida, cortada por ruas e ruelas aos longos das quais se constroem, quase em sua totalidade, casebres humildes. Avenida esta que fica estreita quando os motoristas das carretas gigantescas de Suape decidem ir ao centro do município e que, inclusive, percorre-se toda extensão a pé, em questão de minutos.

Aqueles que pegam seus carros e dirigem-se a Porto de Galinhas para veranear, acostumam-se a ver surfistas e “gringos” vindos de diversas partes da Europa. Porém, não imaginam que no meio daqueles canaviais pelos quais passa a rodovia PE- 60 existem casebres onde residem trabalhadores rurais. Pessoas humildes, com os rostos queimados pelo sol e marcados pelo sofrimento de uma vida que não lhes possibilitou nem ao menos aprender a escrever o próprio nome. Esta população sazonal mal sabe que a rede hoteleira em que se hospeda está sendo devorada vorazmente por investidores estrangeiros.

Os grandes empresários e executivos “importados” do sul do país, que regem o conglomerado industrial de Suape, certamente não tomarão empréstimos nas diversas financeiras que pululam em meio a um povo sem muita instrução. Gente que não faz idéia dos juros embutidos naquele empréstimo consignado que sugará seu salário pelos próximos 36 meses, que compra uma televisão de 14 polegadas, financiada, por mais de R$ 1.000,00.

A organização metódica dos estabelecimentos industriais de Suape e o luxo dos resorts e condomínios residenciais de Porto contrastam bruscamente com o crescimento desordenado das habitações neste município. Casebres humildes multiplicam-se por todos os lados, de forma caótica e incessante, prenunciando, certamente, o nascimento do que será conhecido como “favela”. Tais habitações pertencem a pessoas humildes, atraídas pelas promessas de empregos alardeadas pelo desenvolvimento ipojucano, sem possuírem qualificação para serem absorvidas pela demanda. Aumento da criminalidade à vista!

Cidadezinha que, não mais que de repente, passou a ter a segunda arrecadação do Estado de Pernambuco e que assiste a todos os seus 10 vereadores serem processados pelo Ministério Público por formação de quadrilha, peculato e crime eleitoral; e a prefeitura adquirir dezenas de veículos de luxo para suas Secretarias, sem possuir um hospital sequer. Município que, de uma hora para a outra, virou centro da cobiça das mais diversas forças políticas estaduais e que possui um cartório eleitoral com apenas quatro funcionários: dois concursados e dois requisitados junto à Prefeitura, que, por sua vez, há anos não realiza um concurso público.

A impressão que dá é a de que a cidade está assustada, tal qual o índio que pela primeira vez ouviu o estrondo de um mosquete português, julgando ser obra do Deus do Trovão. Mal sabiam os silvícolas que aqueles que chegavam de além mar estavam prestes a mudar a sua vida por completo; a subjugá-los, forçando-os a se adaptarem ao seu meio de vida ou simplesmente perecerem, em reverência à lei natural do mais forte.

Sérgio Escorel: graduado em Direito pela UFPE, servidor do TRT 6a Região

Mais escândalo na Câmara Municipal

A Polícia Civil de Pernambuco acabou de apresentar a conclusão do inquérito policial que investigou, durante três meses, crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens praticados pelo vereador Carlos Monteiro (PMDB), eleito este ano para seu quinto mandato na Câmara Municipal de Ipojuca. A polícia estima que mais de R$ 3,5 milhões de reais foram desviados dos cofres públicos pelo parlamentar.

O político adquiriu vários carros e imóveis que eram registrados em nome de terceiros. Foram apreendidos oito veículos e 11 imóveis, incluíndo um apartamento em Boa Viagem, um prédio de três andares no Centro de Ipojuca e uma chácara.

Segundo o delegado Paulo Albere, todos os bens foram comprados à vista e em dinheiro, e nenhum deles foi declarado em Imposto de Renda ou registrado em cartório. ”Não houve nenhuma transação bancária na aquisição dos bens”, afirmou.

Além dos carros e imóveis do vereador, uma aplicação financeira no valor de R$ 100 mil em nome de Ricardo Guedes Monteiro, que é auditor fiscal da fazenda estadual e irmão do parlamentar, serão leiloados para que o valor seja devolvido ao erário. Antes disso a Justiça precisa receber o inquérito e abrir vista ao MPPE.

Além do vereador e seu irmão, foram indiciados o chefe de gabinete do parlamentar, Márcio Antônio Maia Silva Oliveira, os funcionários da Câmara e da Prefeitura, Rildo Vieira da Cunha, Marcos Antônio Maia de Oliveira Bezerra e Alexandre Ancheschi Werneck Fragoso, além da estagiária Karina Maia Batista de Oliveira. Todos tinham bens do vereador registrados em seus nomes.

O delegado Paulo Alberes afirmou que nenhuma dessas pessoas, nem mesmo o vereador, tinham condições financeira de adquirir tais bens. Dois dos veículos apreencidos, dois caminhões com caçambas no valor de R$ 155 mil cada um, estavam registrados em nome da estagiária, Karina de Oliveira e do funcionário da prefeitura de Ipojuca, Rildo da Cunha. “Como um funcionário que tem uma renda de R$ 1,8 reais por mês consegue comprar um caminhão desses à vista?”, indagou o delegado.

A partir de agora a Polícia Civil trabalha em cima de dois outros inquéritos para apurar como era o esquema que desviava verba pública.

Saiba Mais

MPPE atua por transparência administrativa em Ipojuca

Extraído de: Ministério Público de Pernambuco - 20 de Janeiro de 2009

A partir do preceito de que todos os órgãos ou pessoas que recebam verbas públicas devem explicar como e onde foram aplicados os recursos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) fez uma recomendação ao prefeito de Ipojuca, Pedro Serafim de Souza Filho, a fim de manter clareza e os princípios da legalidade e da moralidade na administração pública do município. O documento, elaborado pelo promotor de Justiça Salomão Aziz Ismail, recomenda à prefeitura que, durante a execução de toda obra pública de construção, reforma ou ampliação de lugares que servem de uso para todos, seja colocada uma placa de, no mínimo, dois metros de altura, com os dados sobre o serviço realizado. Entre as informações que devem estar na placa estão o valor da obra, o prazo de execução, o nome e endereço da firma responsável, a data de aprovação do serviço, além da data de início e término e também o nome e o número do registro profissional do responsável técnico. A prefeitura terá o prazo de dez dias úteis, contados a partir do recebimento da recomendação, para informar à 2ª Promotoria de Justiça de Cível de Ipojuca sobre as providências tomadas.

Ipojuca Pernambuco - PE Histórico

Entre as famílias que se estabeleceram inicialmente em Ipojuca, mencionam-se como pioneiros
as seguintes: Lacerdas, Cavalcanti, Rolim e Moura.
O limiar da povoação do município é bastante remota.
Por ocasião da invasão holandesa, toda a região do atual município de ipojuca, contava já com
muitos engenhos de açúcar, graças à fertilidade das suas terras ricas em massapê. Em 17 de julho de
1645, o Destacamento sob o comando do Capitão-mor Amador de Araújo, que dispunha de apenas 16
homens, teve início a luta em Ipojuca, para expulsão Batavos. A luta começou em decorrência de um
incidente entre um judeu e um morador da localidade, cujo incidente, serviu de pretexto para o
combate aos holandeses. O destacamento holandês tenta manter a ordem, mas, o povo enfurecido e
ainda incentivado pelo Capitão-mor Amador de Araújo, mesmo sem aramas apropriadas, incendiou o
quartel holandês e muitos soldados invasores. No dia 23 de julho de 1645, os insurretos de Ipojuca,
numa emboscada audaciosa, atacaram os holandeses, derrotando-os completamente. Na Revolução de
1871, travou-se combates em Ipojuca, sendo vencido as tropas de Domingos Martins.
Gentílico: ipojuquense ou ipojucano ou ipojucara
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora do Ó de Ipojuca, anteriormente a 1608 e
por lei municipal nº 2, de 19-11-1895.
Elevado à categoria de vila, com a denominação de Nossa Senhora do Ó; por leis provinciais nºs
152, de 30-03-1846, 499, de 29-05-1861, 918, de 18-05-1870 e 1514, de 04-08-1880. Instalado em 18-
02-1862. Sede na povoação da Nossa Senhora do Ó.
Pelas lei provinciais nºs 236, de 22-05-1849, 587, de 09-05-1864, 1334, de 18-02-1879 e 1929,
de 16-11-1888, transfere a sede do município da povoação de Nossa Senhora do Ó para a povoação de
São Miguel de Ipojuca.
Pelo decreto-lei estadual nº 23, de 04-10-1890, a sede do município volta a ser a povoação de
Nossa Senhora do Ó.
Elevado à condição de cidade com a mesma denominação de Ipojuca, pela lei estadual nº 173,
de 06-06-1896.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos:
Ipojuca, Nossa Senhora do Ó de Ipojuca e São Miguel de Ipojuca.
Pela lei municipal nº 5, de 20-04-1914, é criado o distrito de Santo Antônio da Camela e
anexado ao município Ipojuca.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos:
Ipojuca, Nossa Senhora do Ó, Santo Antônio da Camela. Não figurando o distrito de São Miguel.
Assim permanecendo em divisão territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 235, de 09-12-1938, o distrito de Santo Antônio da Camela teve sua
denominação simplificada para Camela.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 3
distritos: Ipojuca, Camela ex-Santo Antônio da Camela e Nossa Senhora do Ó.
Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município é constituído de Ipojuca, Camela e
Nossa Senhora do Ó.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960.
Pela lei estadual nº 4979, de 20-12-1963, desmembra do município de Ipojuca o distrito de
Nossa Senhora do Ó. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Ipojuca e
Camêla.
Pela lei estadual nº 4947, de 20-12-1968, desmembra do município de Ipojuca o distrito de
Camêla. Elevado à categoria de município.
Pelo Acórdão do Tribunal de Justiça, mandado de segurança nº 56.906, de 06-07-1964, são
extintos os municípios de Nossa Senhora do Ó e Camela, sendo seus territórios anexados ao município
de Ipojuca.
Em divisão territorial datada de I-I-1979, o município é constituído de 3 distritos: Ipojuca,
Camela e Nossa Senhora do Ó.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica municipal
Nossa Senhora do Ó para Ipojuca alterado, pela lei estadual nº 173, de 06-06-1896

Ipojuca formaliza doação de terreno ao TRT


A Câmara Municipal de Ipojuca sancionou a Lei 1.496, que autoriza a doação pelo município do terreno que abrigará a sede do novo Fórum Trabalhista da cidade e para onde serão transferidas a Distribuição dos Feitos e as duas Varas daquela jurisdição. A presidente do TRT pernambucano, desembargadora Josélia Morais (D), recebeu, no último dia 24, do prefeito do município, Pedro Serafim, a cópia da lei que disponibiliza o terreno. Com quatro mil metros quadrados, a área fica localizada às margens da PE-60, no entroncamento com a BR-101.

De acordo com a lei, assinada no último dia 16, a construção do Fórum deverá ser concluída no prazo máximo de dois anos, a contar da lavratura da Escritura Pública de Doação.

Quando forem iniciadas as atividades judiciais no novo espaço, o TRT da 6ª Região deverá ceder ao município de Ipojuca a propriedade do imóvel e benfeitorias onde atualmente funciona a 1ª Vara do Trabalho.

Cabo e Ipojuca buscam estratégias para melhorar profissionalização


Por Eva Pereira

Preocupados com o crescimento urbano desordenado e a vinda de grandes empreendimentos para o Complexo Portuário de Suape, os prefeitos do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, e de Ipojuca, Pedro Serafim, se reuniram, na manhã da última quinta-feira (16/11), em encontro informal, em que discutiram assuntos de interesse comum. O encontro foi realizado na sede da Prefeitura.

Infra-estrutura, segurança, transporte, entre outros temas, foram a pauta da conversa. Um dos pontos mais discutidos foi a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes (técnicos) e mudanças na grade das séries básicas, visando preparar a população cabense e ipojucana para o novo mercado de trabalho. “Não adianta empresas multinacionais serem instaladas aqui se nosso povo não está preparado para usufruir dessas oportunidades. Precisamos capacitar os filhos da cidade para que eles possam ocupar os melhores cargos”, observa Lula Cabral, lembrando da necessidade de melhorar a educação de base.

Entre as propostas está a implantação de um Campo Avançado da Universidade de Pernambuco (UPE) e um anexo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (Cefet-PE) de Ipojuca. Segundo o prefeito Lula Cabral, os dois assuntos já foram discutidos anteriormente com o novo governador do Estado.

Todas as “soluções” pontuadas na conversa serão postas em prática no decorrer de 2007, e algumas delas já estão em execução. As novas dependências, tanto do campo avançado quanto do anexo, funcionarão nas imediações do bairro da Destilaria, próximas à Faculdade de Ciências Humanas e Sociais do Cabo (Fachuca), área cuja promessa do Prefeito Lula Cabral é transformar num Complexo Educacional.

Edição: Tereza Soares
Fotos: Jorge Luiz